Com base em tudo que desenvolvemos — a ideia de que vivências se tornam experiências quando são narradas e compartilhadas, a importância do imaginário como sustentação do desejo e da vida psíquica, e o paradoxo da fantasia na clínica — aqui vai uma pergunta: 1- Qual a relação entre a dificuldade de fantasiar e o desenvolvimento da depressão? Antes de responder de forma mais direta esta pergunta, preciso destacar a importância da fala dentro da psicanálise, se não existe a fala que é trazer o que está dentro do nosso ser, não existe clínica, não existe psicanálise. Dentro desta afirmação faço um link com a minha outra formação que é a teologia, o estudo de Deus, que tem como livro texto a Bíblia e nela encontrei uma ressonância muito grande com afirmação acima e que ao fim desta dissertação, mostrarei que tem muito haver com a dificuldade de fantasiar e consequentemente com a instalação de um proc...
I – Introdução Em 1921 Jung trouxe uma contribuição fundamental para o entendimento da tipologia humana, ao escrever um de seus mais importantes trabalhos, o livro “Tipos Psicológicos”. Neste trabalho Jung propôs uma teoria dos tipos psicológicos, que influenciam a personalidade e o comportamento de cada indivíduo. Esta teoria inclui também a distinção entre atitudes de introversão e extroversão, bem como as funções psicológicas de pensamento, sentimento, sensação e intuição. II - Os tipos psicológicos Jung distinguiu duas formas de atitudes/disposição das pessoas em relação ao objeto: a pessoa que prefere focar a sua atenção no mundo externo de fatos e pessoas (extroversão), e/ou no mundo interno de representações e impressões psíquicas (introversão). Cada tipo de disposição representa tão somente uma preferência natural do indivíduo no seu modo de se relacionar com o mundo, semelhante à preferência pelo uso da mão direita ou da mão...