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Os Tipos Psicológicos Propostos por Carl Gustav Jung - Pelo Aluno Luis Henrique Pontes Ventura

I – Introdução      Em 1921 Jung trouxe uma contribuição fundamental para o entendimento da tipologia humana, ao escrever um de seus mais importantes trabalhos, o livro “Tipos Psicológicos”. Neste trabalho Jung propôs uma teoria dos tipos psicológicos, que influenciam a personalidade e o comportamento de cada indivíduo. Esta teoria inclui também a distinção entre atitudes de introversão e extroversão, bem como as funções psicológicas de pensamento, sentimento, sensação e intuição. II - Os tipos psicológicos      Jung distinguiu duas formas de atitudes/disposição das pessoas em relação ao objeto: a pessoa que prefere focar a sua atenção no mundo externo de fatos e pessoas (extroversão), e/ou no mundo interno de representações e impressões psíquicas (introversão). Cada tipo de disposição representa tão somente uma preferência natural do indivíduo no seu modo de se relacionar com o mundo, semelhante à preferência pelo uso da mão direita ou da mão...
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Real, Simbólico e imaginário: Descomplicando Lacan

             Se você é amante da psicanálise, já deve ter esbarrado em três conceitos que são pilares do pensamento de Jacques Lacan: Real, Simbólico e Imaginário . Embora pareçam complexos à primeira vista, eles podem ser compreendidos de forma simples quando traduzidos para a nossa experiência cotidiana.  A intenção deste artigo é descomplicar os principais conceitos de Jacques Lacan. O Real: Aquilo que Escapa à Nomeação           O Real, em essência, é tudo aquilo que não pode ser simbolizado. Ele está além das palavras, das imagens e da compreensão imediata. É como se sempre houvesse algo que escapa, algo que não conseguimos expressar totalmente, por mais que tentemos encontrar as palavras certas.     Para tornar isso mais fácil de entender, pense em Deus. Mesmo que tenhamos uma ideia ou conceito sobre Ele, não conseguimos realmente explicar o que Ele é. Até o teólogo mais estudioso percebe que existe u...

A Transitoriedade - Sigmund Freud (1916) - Uma breve reflexão sobre o fim de ano e seus (des)afetos

      O texto "A Transitoriedade" de 1916 escrito por Freud, é um texto particularmente interessante para mim. Se trata de uma reflexão sobre a efemeridade das coisas, de tudo o que é belo e nobre que os homens criaram ou poderiam criar, parafraseando o próprio Freud.      Um jovem poeta que o acompanhava em um passeio por uma bela paisagem em um dia de verão, era incomodado pelo pensamento de que toda aquela beleza estava condenada à extinção, pois desapareceria no inverno, e assim toda beleza humana e tudo o que é belo e nobre que os homens criaram ou poderiam criar. Tudo o que ele teria de algum modo amado e admirado lhe parecia desprovido de valor devido a finitude de todas as coisas. Em uma breve análise Freud busca entender a reação do jovem poeta, que indignado com sua percepção sobre a efemeridade de sua vida e de tudo o que o rodeia, se encontrava angustiado e com "um doloroso cansaço do mundo". Esta reinvindicação de imortalidade das coisas é prod...